Estes moinhos tinham um importante propósito em Kinderdijk; eles eram usados como uma bomba d’água, que retirava o excesso de água das chuvas que inundavam o terreno, levando-a para o rio principal, ou seja, realizava uma tarefa de drenagem na região.
A partir dos moinhos destes pôlders, surgiram outros em grandes quantidades pelo interior do país, compondo assim a paisagem da Holanda. Tal profusão lhe dera o apelido de “o país dos moinhos de vento”. Entretanto, com o surgimento de dois moinhos a vapor e maquinismos próprios (século XIX), a maior parte dos moinhos edificados foi perdendo sua função, encerrando a importância que davam até aquele presente momento.
Os moinhos de vento foram vitais para o desenvolvimento económico do país. Havia muitos que eram utilizados para moer grãos, outros na produção industrial de óleo. Alguns foram criados especificamente para serrar madeira, usados na industria náutica.
Em 1953 eles foram totalmente desativados, mas não perderam o seu valor. Tornaram-se uma bela atracção turística. Pode-se apreciá-los durante uma caminhada, ou num passeio de bicicleta. Se preferir há serviços de barco que realizam um passeio pelo local.
Algumas famílias vivem nos moinhos, tendo no seu quintal criações de animais e plantações em geral. Naturalmente com o passar do tempo os moradores acrescentaram algumas casinhas para melhorar o seu conforto. Somente um moinho é disponível para a visitação, durante o verão (mediante pagamento de 3 euros).
Actualmente existem em torno de 1050 moinhos de vento e 100 moinhos de água na Holanda. Dos primeiros, 400 são localizados em pôlders, que então foram utilizados para drenagem.
Os moinhos de Kinderdijk foram declarados como Património Histórico-Cultural da Humanidade pela Unesco em 1997.