Se está a pensar numa escapadela diferente e sem gastar muito dinheiro, nem ir muito longe, então o Alentejo é uma excelente opção para si. Para além da paisagem e da gastronomia, o Alentejo tem também imensas histórias por descobrir.
Um bom exemplo da história da região são os monumentos megalíticos com uma antiguidade entre os 5.000 e os 6.000 anos.
Apenas nos arredores da cidade de Évora já foram encontrados mais de 150 monumentos megalíticos. Apesar de tão grande número, a sua visita devia passar pelo Cromeleque dos Almendres, onde está o maior conjunto de dolmens e menires da Península Ibérica e um dos mais importantes da Europa.
No total são 98 megalitos com uma altura entre 1 e 2 metros, que desenham uma figura oval orientado de Este para Oeste. O monumento tem uns 80 metros de comprimento por 40 de largura. O cromeleque localiza-se próximo ao topo de uma encosta suave, voltada a leste, num monte de 413 metros de altitude, a cerca de 12 km a oeste da cidade de Évora. O conjunto foi descoberto em 1964 pelo investigador Henrique Leonor Pina, durante os trabalhos de mapeamento para a Carta Geológica de Portugal. Naquela altura foi realizada a limpeza da vegetação que ocupava o sítio e foram descobertos algumas peças de cerâmica e um machado de pedra polida.
Nas últimas décadas foram realizadas várias campanhas arqueológicas no local e grande parte dos monólitos, que se encontravam caídos, foram recolocados nas posições originais durante os trabalhos de recuperação.
O cromeleque encontra-se numa propriedade privada, mas a zona do monumento foi cedida à Câmara Municipal de Évora para uso público e está aberta aos visitantes.
Estas construções têm a sua própria história. Alguns têm significado religioso, outros político, e outros eram utilizados como observatório para estudar o Sol e a Lua e todos os outros fenómenos astronómicos, como por exemplo, os equinócios da primavera e do outono.
O caminho para o cromeleque é cercado por sobreiros, uma paisagem clássica da zona. O quercus suber, por outras palavras o sobreiro, é uma espécie habitual na flora deste território, o que explica o facto de 50% da produção mundial de cortiça ter origem nacional.
Se quer umas férias diferentes, vá à descoberta do Alentejo, uma região com paisagens fantásticas, uma gastronomia de comer e chorar por mais, monumentos históricos e uma costa atlântica com imensas praias, a maioria das quais sem grande movimento. Se gosta de descanso, poucos turistas, boa cama e boa mesa, então o Alentejo é para si.