Os 7 lugares históricos mais ameaçados da Europa em 2016. Vivemos num continente cheio de monumentos e de lugares tremendamente interessantes, mas lamentavelmente muitos deles estão prestes a desaparecer, quer seja por falta de recursos, por descuido, pela ânsia de os renovar, etc. Felizmente que o programa “The 7 Most Endangered” identificou os lugares em perigo de virem a desaparecer na Europa, tendo também feito um plano para os salvar através da mobilização de apoios públicos e privados a nível local, nacional e europeu, no sentido de lhes poder dar um futuro mais viável.
Este programa que foi lançado em Janeiro de 2013 pela Europa Nostra junto do European Investment Bank Institute (EIB) e do Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa, acaba de tornar pública a lista dos 7 lugares mais ameaçados da Europa em 2016. Quer saber quais são os tristes vencedores deste ano?
Templo de Yereruyk em Ani Pemza, Arménia
Em primeiro lugar vamos falar sobre o templo de Yereuyk que assenta numa meseta rochosa isolada e próximo da fronteira com a Turquia. Embora durante algum tempo esta basílica do século VI tenha sido um dos maiores e mais importantes centros da região, hoje em dia encontra-se em mau estado. Uma das principais razões para isso foram os vários terramotos que ali se fizeram sentir. Toda a zona arqueológica em volta da basílica é importante em termos históricos, o que é mais uma razão para tentar salvar o templo.
A Fortaleza de Patarei em Tallinn, Estónia
Outro dos monumentos que a organização propõe salvar é a Fortaleza de Patarei em Tallinn. Este é maior e mais impressionante conjunto de defesas de estilo clássico do país, tendo também sido utilizado como prisão entre 1920 e 2005. Durante a última década os edifícios permaneceram vazios e sofreram inúmeros actos de vandalismo, embora a principal ameaça seja a rápida deterioração que está a ser alvo muito por culpa da dureza do clima e da falta de manutenção.
Aeroporto de Helsinki-Malmi, Finlândia
Da Estónia vamos até à Finlândia para falar sobre o Aeroporto de Helsinki-Malmi. Este aeroporto construído para os Jogos Olímpicos de 1940 que foram cancelados devido à Segunda Guerra Mundial. O problema deste lugar histórico não é estar em mau estado, mas estar ameaçado devido a um novo projecto de desenvolvimento que pretende utilizar o local para construir casas.
Ponte Colbert em Dieppe, França
Em França também encontramos um lugar histórico que está em perigo de desaparecer. Trata-se da Ponte de Colbert na cidade normanda de Dieppe. Contemporânea da Torre Eiffel, é considerada como sendo a última grande ponte suspensa da Europa a funcionar ainda com o respectivo sistema de compressão hidráulico original. Infelizmente não teve a manutenção devida, o que fez com que tenha ficado bastante deteriorada. Por sorte, os danos não são irreversíveis.
Região de Kampos em Quios, Grécia
A organização também escolheu a Região de Kampos na Ilha de Quios na Grécia. Trata-se de uma zona semi-rural que exemplifica a coexistência de estilos e de influências da arquitectura bizantina, genovesa e local. É também importante assinalar que o tecido urbano existente inclui edifícios históricos dos séculos XIV-XVIII e edifícios neoclássicos de inícios do século XX. O problema maior está no facto dos proprietários serem incapazes de manter as suas propriedades em boas condições.
Convento de Santo António de Pádua na região da Extremadura em Espanha
Aqui ao lado em Espanha também existem lugares nesta lista. Falamos do Convento de Santo António de Pádua na localidade de Garrovillas de Alconétar, próximo de Cáceres. Este edifício religioso que foi construído em finais do século XV encontra-se num estado avançado de deterioração, apesar de ter sido classificado como bem de interesse cultural.
Antiga cidade de Hasankeyf e arredores, Turquia
Por último, vamos falar sobre a antiga cidade de Hasankeyf, que fica localizada nas margens do rio Tigre, no sudoeste da Turquia, próximo da fronteira com a Síria. Trata-se de um lugar com mais de 12.000 anos de história, com uma história rica e com um imenso património multi-cultural. Apesar disso, prevê-se que 80% da zona seja inundada caso o projecto da barragem hidroeléctrica de Ilisu seja construída, como está previsto.