Os recifes de coral são lugares maravilhosos e encontram-se em destinos turísticos para férias paradisíacas. Os recifes de coral são lugares muito belos, mas ao mesmo tempo são também dos ecossistemas mais frágeis e sensíveis do planeta. Os filtros químicos dos protetores solares podem ser um perigo para os recifes de coral!
Trata-se de ecossistemas das orlas marítimas de algumas regiões tropicais, com grande biodiversidade, onde coabitam rochas de coral, algas, peixes, e múltiplos microrganismos num fantástico e complexo, mas muito frágil e sensível jogo de equilíbrios e simbiose.
O desenvolvimento e sobrevivência dos recifes de coral estão a ser postos em causa por múltiplos factores associados a atividades moderna da civilização humana, desde os transportes navais e a pesca, até aos resíduos químicos industriais.
Talvez não suspeite que um dos perigos para os recifes de coral pode estar no seu protetor solar mais comum!
Há quatro substâncias químicas usadas como filtros da radiação solar UV : butilparabeno, etilhexil metoxicinamato, benzofenona-3 e 4-metilbenzilideno de canfora – especialmente perigosas para os recifes de coral.
De facto, estas substâncias químicas são capazes de ativar o desenvolvimento de vírus em algumas algas que vivem em simbiose dentro dos tecidos do recife de coral. As algas assim largamente infectadas com vírus, podem contaminar grandes zonas de recife de coral que sofre uma alteração conhecida como branqueamento e ficam em perigo de sobrevivência.
O risco de branqueamento e mortalidade dos corais existe mesmo com doses muito baixas destas substâncias químicas, que têm um efeito cumulativo nos ecossistemas e organismos vivos. A consciência deste tipo de riscos permite-nos proteger o nosso planeta mais e melhor.
Alguns destinos turísticos de recifes de coral adotam mesmo medidas muito rigorosas na proibição do uso de protetores solares com filtros químicos.
Mas há outras opções não químicas, mais amigas do ambiente, para fazer os filtros de radiação UV dos protetores solares. São os filtros físicos dos metais titânio e zinco que usam nanopartículas de dióxido de titânio e óxido de zinco.
Se por um lado é bem conhecido o perigo dos químicos usados nos protetores solares que representam para os recifes de coral, podemos suspeitar que esses químicos possam ser um perigo idêntico, ainda não identificado, para muitos outros organismos vivos e ecossistemas marinhos.
Se queremos respeitar a natureza e preservar lugares fantásticos como as zonas de recifes de coral porque não passarmos à ação desde já e escolhermos protetores solares, com filtros de titânio ou zinco, mais ecológicos e biodegradáveis?
Além disso, quanto menos agressivos forem os constituintes dos protetores solares para os seres vivos marinhos, provavelmente, menos agressivos serão também para os seres humanos que os aplicam na sua pele!
Mais consciência, mais sustentabilidade, mais saúde: pense nisso!