ria formosa

Ria Formosa

ria formosa
Traduzir a Ria Formosa em palavras não é possível. Analítica e objectivamente, abrangendo os concelhos de Loulé, Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António, são aproximadamente 16.000 hectares de água, praia, sapal, tecido urbano, tecido agrícola e matas, espalhados ao longo de uma frente terrestre de 48 km, paralelamente à qual se desenvolvem 57 km de frente marítima, constituída por duas Penínsulas (Ancão e Cacela) e cinco Ilhas-Barreira (Barreta, Culatra, Armona, Tavira e Cabanas), numa frente marítima interrompida por seis barras, duas delas artificialmente fixadas, permanecendo as restantes móveis, num quadro de perpétua, e por vezes violenta, dinâmica costeira.
O encontro com a Ria Formosa é pessoal e intransmissível. Faz-se através de corpo e alma.
Mesmo que sozinhos, ao percorrer os trilhos que atravessam o mosaico de paisagens que a compõe, em qualquer uma das Quatro Estações, descobrimos que a Ria Formosa não nos deixa sós, pois é mais do que a mera soma das suas partes. É uma presença, um espírito telúrico que se nota mas não se impõe, que não se sente especificamente, mas que nos acompanha, que se sabe que está lá.
É, no mesmo instante, terra, mar, gente, alma.
Estamos em casa, mas ao mesmo tempo somos convidados. Como uma amiga leal, presenteia-nos na medida do respeito que por ela demonstramos. De nós depende o que dela retiramos. Em retribuição do nosso cuidado para com o delicado equilíbrio que visitamos, não deixando mais do que pegadas e não trazendo mais do que fotografias, descobrimos que a Ria é fiel depositária de boas recordações.
Traduzir a Ria Formosa em palavras não é possível.
Só mesmo visitando.
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