Viajar é uma das melhores experiências da vida e não temos qualquer dúvida de que se trata do melhor investimento que podemos fazer no nosso desenvolvimento como pessoas e até como profissionais, seja em que área for. Ainda assim, por vezes nem tudo corre exatamente como tínhamos pensado. É verdade que ter um plano de base prévio é uma grande ajuda, e, apesar de sermos adeptos das descobertas aleatórias, é importante ter alguns pontos essenciais previamente definidos, sobretudo os meios de transporte, uma ideia do tipo de alojamento pretendido e um seguro de viagem.
Mas mesmo com o melhor dos planos há eventualidades que podem surgir e arruinar uma viagem. Este tema tem sido referido várias vezes em diversos órgãos de comunicação, blogs e livros, mas ainda assim sentimos que por vezes não é explicado com a simplicidade e objectividade que o tema exige, pelo que achámos importante fazer um pequeno ensaio e ajudar outros viajantes no que toca a este tema.
Quais são os principais riscos nas viagens?
Uma das primeiras coisas que nos vem à cabeça é a possibilidade de ter um acidente ou adoecer. Nas viagens dentro do espaço económico Europeu (Incluindo também Suíça, Islândia, Liechtenstein e Noruega), o cartão europeu de saúde assegura acesso aos cuidados médicos sem necessidade de pagamento dos serviços, mas não isenta das taxas moderadoras. Ainda assim, é importante referir que não estão cobertas por este sistema de providência as necessidades médicas privadas, medicamentos ou custos de deslocação em caso de acidente, como por exemplo, ambulâncias ou aviões.
A eventualidade de um problema de saúde torna-se uma preocupação maior quando a viagem é feita para outros continentes. Em muitos países, sobretudo países menos desenvolvidos, os cuidados de saúde públicos são de difícil acesso ou de baixa qualidade, o que pode colocar o viajante à mercê de riscos e situações potencialmente graves. Nestas situações, frequentemente o viajante acaba por procurar serviços privados ou deslocações para países próximos onde os cuidados de saúde sejam de melhor qualidade, o que leva a custos por vezes bastante significativos. Também em alguns países mais desenvolvidos, como os Estados Unidos da América, o facto de existir um sistema essencialmente dependente de seguros de saúde leva a que por vezes o turista tenha de despender muito dinheiro para ter acesso aos cuidados de saúde. Nos estados Unidos da América uma visita ao serviço de urgência para um turista pode custar mais de 2500€, dependendo dos procedimentos efetuados!!
Por fim, existem sempre os riscos associados a cancelamentos de última hora, sobretudo de voos, hotéis e transferes, cuja gestão por parte do viajante pode obrigar a grandes despesas pelo facto de frequentemente obrigar a novas reservas de última hora, com custos significativamente maiores. Também os roubos de material podem estragar uma viagem, especialmente quando o equipamento roubado foi dispendioso. Torna-se assim claro que existem vários factores que podem estragar uma viagem e que podem, e devem, ser acautelados pelos viajantes.
Seguros de viagem
A melhor ferramenta que qualquer viajante tem para se proteger dos riscos que identificámos é mesmo o seguro de viagem. Ao início pode parecer estranho fazer um seguro de viagem para um momento tão limitado no tempo, mas na nossa opinião, vale muito mais estar a desfrutar da viagem ao máximo, sem preocupações.
Atualmente existem vários seguros de viagem no mercado, com algumas diferenças, mas cuja a cobertura é essencialmente a mesma. Os principais factores a ter em conta na escolha de um seguro de viagem são:
- Franquia: O valor mínimo a pagar no caso de uma ocorrência, ou seja, aquilo que tem de ser pago pelo viajante caso ocorra um problema, sendo o resto coberto pela seguradora;
- Cobertura de despesas médicas: O valor máximo de despesas médicas coberto pelo seguro;
- Custos com transporte: Se o seguro cobre ou não as despesas de deslocação médicas ou em caso de acidente;
- Cobertura de roubos: Se o seguro assegura cobertura para equipamentos roubados, e acima de tudo, qual o valor máximo desta cobertura;
- Atividades radicais: Muitos seguros não asseguram o pagamento em caso de acidentes relacionados com atividades radicais, como por exemplo, sliding, paraquedismo, etc
Que seguro escolher?
Assumindo a seguinte situação exemplo, vamos simular o custo com os diferentes seguros de viagem existentes no mercado. Vamos imaginar o caso de um casal em que ambos os membros têm 30 anos e que pretende fazer uma viagem de duas semanas para o Vietname em Fevereiro do próximo ano. Para efeitos de comparação, vamos assumir a apólice mais básica de cada seguradora e analisar o preço e os pontos de cobertura assegurados.
Seguradora | IATI | Allianz | OK! |
Apólice | IATI Standart | Férias Premium | Exclusive |
Preço | 104,80 € | 98,08 € | 72,67 € |
Despesas médicas | 80.000€ | 30.000€ | Apenas em Portugal |
Transporte médico | Sim | Sim | Sim |
Cancelamento | 1 500 € | 2 500 € | 1 000 € |
Roubo | 1 000 € | Não | Não |
Com base nesta comparação, percebe-se que a oferta da IATI seguros, apesar de ser ligeiramente mais cara, é aquela que apresenta uma cobertura mais robusta dos seguros de viagem. O preço a pagar a mais nesta situação parece-nos totalmente justificado para uma cobertura de despesas médicas que mais do que duplica. No entanto, o valor das coberturas dos outros seguros poderá ser suficiente para si, pelo que terá de escolher qual o melhor seguro de viagem para si, de acordo com o seu orçamento e as coberturas que gostaria de ver cobertas.